Segundo a Direcção Geral de Saúde, 40% da população portuguesa sofre de Hipertensão Arterial (HTA), factor de risco prevalente no aparecimento de doenças cardiovasculares. Aproximadamente 3% das mulheres em idade fértil apresentam hipertensão, estando associada a complicações em 6% das gestações.
A pressão arterial caracteriza-se pela pressão exercida pelo sangue na parede dos vasos sanguíneos. Esta pressão depende do trabalho realizado pelo coração e também pela resistência existente nos vasos. A hipertensão arterial é caracterizada por um aumento da pressão do sangue nas artérias.
A HTA na gravidez é baseada nos valores de pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg ou pressão arterial diastólica≥ a 90 mmHg em duas ocasiões distintas. São conhecidos diferentes distúrbios hipertensivos na gravidez, tais como:
Hipertensão pré-existente/crónica
- Identificação da hipertensão arterial prévia a gravidez ou antes da 20ª semana de gestação
- Persiste para além das 12 semanas pós-parto
Hipertensão Gestacional
- Identificada depois da 20ª semana de gestação
- Geralmente resolve dentro de 12 semanas após o parto
- Se for associada a proteinúria – elevação de valores de proteína na urina – designa-se de Pré-eclâmpsia
Eclâmpsia
- Evolução grave da Pré-eclâmpsia, caracterizada por convulsões
Hipertensão arterial crónica agravada com Pré-eclâmpsia sobreposta
- Hipertensão pré-existente associada a elevação de valores de proteína na urina, após das 20 semanas de gestação.
O acompanhamento de um profissional de saúde especializado no período pré-concepcional é de extrema importância para que seja realizado o despiste de certos factores de risco, como é o caso da hipertensão arterial, e desta forma planear de forma mais segura a sua gravidez.
Se for diagnosticada hipertensão durante a gravidez é importante que a vigilância da pressão arterial seja realizada frequentemente sempre com acompanhamento de uma equipa multidisciplinar. A hipertensão na gravidez traduz-se em riscos não só para a saúde da mulher mas também para a saúde do bebé. Pode condicionar o crescimento intrauterino, contribuir para prematuridade, aumento do risco de malformações fetais ou até a morte do feto.
Dicas de medicação de HTA
- Escolher um ambiente calmo
- Posição de sentada
- Colocar o braço ao nível do coração e apoiado
- Tirar a roupa que comprime o braço
- Adequar a braçadeira ao perímetro do braço
Dicas de Prevenção
- Participe em Rastreios cardiovasculares
- Consulte o seu Ginecologista se planeia engravidar
- Reduza a ingestão de sal, opte por utilizar diferentes ervas aromáticas
- Opte por uma dieta equilibrada, com baixo teor de gorduras saturadas
- Mantenha um peso corporal saudável
- Evite o uso nocivo do álcool
- Pratique atividade física de forma regular
- Evite o uso de tabaco
Referências Bibliográficas:
- Sociedade Portuguesa de Hipertensão, 2017 – HTA NA GRÁVIDA. Consultado em: https://www.sphta.org.pt/pt/base8_detail/24/97
- Rocha, F.; Lopes, J.; Pereira, A.; Pinto, F., 2014 – TRATAMENTO DA HTA NA GRÁVIDA – ABORDAGEM ATUAL. Consultado em: https://www.sphta.org.pt/files/sphta_39_2014.pdf
- Fundação Portuguesa de Cardiologia – Hipertensão